Bons tempos
Bons Vinhos

Bons tempos



Conhecida é a situação do setor produtivo de vinhos e espumantes brasileiros no mercado nacional.
Enquanto os espumantes ocupam e mantêm mais de três quartos do mercado, os vinhos sofrem para manter-se acima dos vinte por cento.

Contrariamente ao que dizem alguns “especialistas” não se trata de preconceito e sim de confiança. O brasileiro confia na qualidade dos espumantes e não confia na qualidade dos vinhos aqui produzidos.

Na realidade a produção de vinhos passou por fases complicadas onde podemos destacar uma fase de preços exageradamente altos, outra de forte influencia da parkerização, outra de casa as bruxas com os importados, etc.
Agora parece que as coisas começam a caminhar rumo a uma recuperação lenta e gradual. Estou animado, acho que o vinho nacional está iniciando uma fase de crescimento de confiança, de mercado e de reconhecimento.

O Ibravin está realizando ações promocionais inteligentes como o Circuito de degustação, os convites a jornalistas brasileiros e estrangeiros para visitarem a região, etc.
A maior entidade vitivinícola brasileira deve se preocupar em aumentar mercado e não em dividi-lo. Acho que deveria ter mais empenho em conseguir parcerias com os produtores de outros países, em especial argentinos e chilenos, para formar um fundo importante para mídia e promoções institucionais do vinho, sem marcas, sem fronteiras, somente vinho.

Quero destacar o maior motivo de minha confiança em dias melhores: os novos produtores de algumas regiões não tradicionais que com entusiasmo, seriedade e esforço estão contribuindo para o bem da uva e do vinho gaúchos.
Vinícolas como Guatambu, Peruzzo, Campos de Cima, Batalha e Dunamis são alguns exemplos de iniciativas de empresários que decidiram com coragem diversificar seus negócios e abraçar a causa do vinho.
É inegável a importância das grandes vinícolas que ocupam rapidamente qualquer espaço no mercado devido a sua eficiente rede de distribuição, mas também é inegável que estas vinícolas situadas em novas regiões estão dando um resultado “institucional” importantíssimo.
Expandem a cultura da uva e do vinho pela influencia que possuem em cidades da Campanha pouco habituadas a este produto transmitindo seu entusiasmo, destinam recursos humanos e financeiros para divulgar seus produtos e consequentemente a região, se agrupam em novas associações, em fim, ajudam o setor a erguer-se.

Espero que todo este entusiasmo e orgulho que possuem pelos produtos que elaboram não se transforme em cegueira e divisão.

É natural que haja tendência a criar ambientes de competição levando alguns a crer que são os melhores, os inovadores, os únicos e lamento disser que a roda já foi inventada.

Todos poderão fazer produtos de boa qualidade, dignos.

Poucos poderão fazer produtos com estilos marcantes, diferenciados.
O caminho é longo e lento.
Acredito que chegará mais longe quem concentrar seus esforços no vinhedo. Ele é a bola da vez. Cantinas modernas e novas tecnológicas são “compradas” com recursos, tanto mais rapidamente quanto maior o volume de investimento.

Já no vinhedo o maior investimento é o tempo, a experiência, a perseverança, a seriedade.

O motivo da minha fé em dias melhores é justamente por acreditar que os novos empreendimentos, que estão sendo feitos desde o vinhedo, darão magnificas respostas ao mercado com produtos típicos e representativos das regiões.



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