Estava quase largando do trabalho na última sexta quando meu telefone toca; era o Confrade
Cachacelié Juberlan e uma ligação àquela dada hora me cheirava a vinho, dito e feito, logo ao atender escuto ao fundo o Confrade
Cachacelié Eli dizendo: o vinho está gelando! De pronto respondo: está marcado!
Por volta das 20h30min iniciam-se os trabalhos na residência do Confrade
Cachacelié Eli (desta vez não perdeu a hora), que tem uma notória preferência pelos vinhos do velho mundo a saber os franceses e portugues, no caso do último os do Porto. Portanto, o rótulo da noite não poderia vir do novo mundo, sendo-nos apresentado o Masson Dubois Bourgogne Pinot Noir 2008.
Para não tornar-se diferente aos encontros na residência do
Pisca Eli, este foi marcado por outra história, que desta vez foi narrada não por sua caçula, mas por sua digníssima Simone. A narrativa do do dia foi nada mais nada menos que o cortejar do
Pisca Eli para com a Simone, quando esta estava com seus 15 anos.
O
Pisca rondando e rondando e ela fazendo aquele doce, até o dia em que ela aceita o convite para o jantar, mais sem dar muita bola, ou será fingindo. No dia do jantar, meio que como uma predição e para a supresa de Simone, seu pai ao bater os olhos em Eli ele logo diz: você é filho de Claucínio? Sou sim! Simone de longe já pensava: não vou conseguir escapar do
Pisca. Pois é, como já diz o dito popular: de destino não se foge ou ainda qualquer semelhança é mera conicidência. O pai de Simone e o do
Pisca haviam labutado juntos em um passado não muito longícuo e já estava escrito, mesmo sem o conhecimento de seus genitores, que Eli e Simone viriam a unir as duas famílias... Lá se vão 20 e poucos anos de convívio.
O
Pisca já havia maquinado um plano infalível até para o mais duro coração: levou Simone para jantar no requintado Oficina de Massa sito à Avenida Boa iagem, Recife-PE (lamentavelmente não encontrei nenhum registro fotográfico do restaurante em questão, visto que não existe mais e que nenhum ser postou nada na rede sobre o mesmo). O jantar foi marcado por muito cortejo e ao fundo musical do clássico violíno ao pé da mesa vem o pedido de namoro, com o testemunho do garço da mesa. Impossível dizer não hein Simone? O
Pisca é bem filho de seu Claucínio: pura genética de Galantes.
Mas, nem não só as histórias que marcam os encontros na casa de Eli, boas músicas sempre harmonizam os momentos e, diga-se de passagem, em geral as músicas não são conhecidas por quase ninguém ou ninguém fora ele, típico de um
Pisca. O cd da noite foi o Lay me Dow da intérprete Nancy Bryan e pasmem eu não encontrei na net a letra título do álbum. Encontrei apenas um vídeo no youtube com cenas de um filme antigo e uma de suas músicas de fundo musical: Guilty (acesse o vídeo clicando no link e leia a letra da música abaixo). Fica então a pergunta:
Pisca Eli onde raios você encontra essas músicas e cds? Brincadeiras a parte a voz feminina e suave da Nancy Bryan harmonizou perfeitamente com o feminino e elegante Pinot Noir da noite.
Guilty - Nancy Bryan
Oh tonight I'll be with you in paradise, I'll never leave you. In the sky, every star that ever burned so bright is going home with you.
I said I'd never leave you alone. The fire that I'm giving will go on and on and on.
Guilty, I'm guilty for loving you. Guilty, so guilty for believing in you.
Every dream you have ever dreamed or hoped you'd see, is simply hiding in the night. All the promises are black and white; just shine your light on them.
I said I'd never leave you alone. The fire that I'm giving will go on and on and on.
Guilty, I'm guilty for loving you. Guilty, so guilty for believing in you. Yes I believe in you.
E o vinho? Quem? O vinho! Sim... Bourgogne é o vinho de entrada da casa Masson Dubois em Bourgogne. 100% Pinot Noir, com alguma passagem por madeira. Este apresentou uma cor vermelho brilhante, limpido/transparente, típico dos Pinot Noir franceses. Nariz com frutas vermelhas muito evidentes, morango principalmente, surgem também aroma doce, de madeira. Em boca, taninos ainda jovens convivem com acidez acentuada. Aromas de boca trazem morango e um pouco de madeira.
O vinho foi harmonizado com queijos originários de regiões francesas (Brie e Normandia), nada mais apropriado. São eles: Brie e Camembert (receitas de massa mole, textura uniforme e cremosa. Não são prensados e nem cozidos, possuem odor de mofo, com nuances adocicadas e defumadas. Sabor rico, concentrado e bastante pronunciado), sendo o segundo uma derivação do primeiro. Além deles, fizeram parte da harmonização da noite geléia de framboeza e de laranja e morangos frescos.
Chamo a atenção para o vinho da direita na foto acima. É um Viña Albina Gran Reserva 1975 da Bodegas Riojanas, um vintage da casta Tempranillo da região de Rioja Alta, Espanha. Uma garrafa de colecionador.
O Rótuloloading...
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