O EVENTOO mundo do vinho sempre traz momentos inesquecíveis, e devo admitir que este almoço/ degustação dos vinhos deste artista das uvas ( Paul Hobbs) esteve certamente entre as 3 melhores degustações que eu tive o prazer de participar no ano de 2010, e posso garantir que não foram poucas . Alem de ser um dos mais competentes enólogos da atualidade. Paul é uma pessoa carismática e que está sempre com um largo sorriso na boca, pronto para esclarecer duvidas ou contar suas aventuras no mundo do vinho. Entretanto o que mais marca quando com ele conversamos, é a determinação, e principalmente o foco no negócio e nos processos, típicos da cultura americana, e o que certamente faz a diferença na qualidade final de seus produtos. Paul já foi enólogo da Robert Mondavi , da Simi Winery ( Moet ) , e hoje da Vinã Cobos, da Catena Zapata, e de mais uma dezena de vinícolas na Argentina, Chile, EUA e Hungria. Mas agora, seu sonho se realizou, pois ele já conta com sua própria vinícola, a Paul Hobbs Winery, e são estes os vinhos que tivemos o prazer de provar:
OS VINHOS DEGUSTADOS•Cross Barn Chardonnay Sonoma Mountain 2008 – Usd 92,50
•Paul Hobbs Chardonnay Russian River 2007 – Usd 139,50
•Paul Hobbs Pinot Noir Lindsay Vineyard Russian River 2006 – Usd 279,00
•Cross Barn Cabernet Sauvignon Napa Valley 2005 – Usd 139,50
•Paul Hobbs Cabernet Sauvignon Napa Valley 2005 – Usd 234,00
•Paul Hobbs Cabernet Sauvignon Beckstoffer Dr. Crane Vineyard 2005 – Usd 490,00
•Paul Hobbs Cabernet Sauvignon Beckstoffer To Kalon Vineyard 2005 - Usd 823,00
OS FAVORITOS DO EDITOR
Como fazer para destacar apenas um vinho neste maravilhoso painel? Impossível, desta forma vou me dar a liberdade de comentar 4 deles pois considero importante os leitores terem conhecimento do alto padrão de vinhos produzidos por este fantástico enólogo .Vamos a eles:
•Paul Hobbs Chardonnay Russian River 2007 – Um chardonnay fermentado em barricas por 2 a 5 meses, maturado por 11 meses em barricas francesas das quais 50% novas. Dourado brilhante. Olfativamente complexo, com aromas frutados destacando o abacaxi e o pêssego, pimenta branca, toques lácteos, minerais, finalizados por um agradável tostado. Na boca corretíssimo, macio, ótima acidez, corpo médio, persistência longa e final de boca muito agradável mixando as frutas com ligeiro tostado. Dei a ele 91 pontos
•Paul Hobbs Pinot Noir Lindsay Vineyard Russian River 2006 – Um pinot que impressiona pela elegância e pela tipicidade. Violáceo de média concentração ainda sem halo de evolução. Complexo com destaque para seus aromas frutados lembrando ameixa, cereja, acompanhados de couro, animal, pimenta preta, chá preto, e ervas verdes aromáticas. Na boca perfeito, com seu tripé acidez, álcool e taninos absolutamente sem arestas, retrogosto frutado confirmando o nariz. Dei a ele 90 pontos
•Paul Hobbs Cabernet Sauvignon Beckstoffer Dr. Crane Vineyard 2005 – Se você quer tomar um grande Bordeaux que não tenha sido produzido lá, esta é sua oportunidade, Absolutamente fantástico. Rubi violáceo, com alta concentração e ainda sem halo. Olfativamente uma explosão de aromas, abre com cassis, cereja, evoluindo para especiarias, floral, sottobosco, mineral (grafite), e aroma terciários como café e tostados de madeira. Na boca perfeito, alta acidez, taninos doces, muita estrutura, e persistência extremamente longa e agradável finalizados por retrogosto frutado. Um vinho de guarda, com magnífica estrutura, elegante e já pronto para beber. Dei a ele 95 pontos.
•Paul Hobbs Cabernet Sauvignon Beckstoffer To Kalon Vineyard 2005- Este vinho não estava no painel original, mas a empolgação dos presentes e dopróprio Ciro Lilla foi tão grande que mandou buscar um exemplar para fecharmos esta degustação com chave de ouro. A única imagem que me vem para diferencia-lo do Dr. Crane é que se este me lembrou um grande Bordeaux o To Kalon me lembrou um grande Pauillac. E isto significa para mim Terroir. Terroir Oakeville- California- USA. Rubi de alta concentração ainda sem halo expressivo. Muito complexo, abrindo com cassis, cereja, especiarias, mineral (grafite), herbáceo lembrando menta e anis, caixa de charuto, toque lácteo e tostado muito bem integrado. Na boca mais uma vez um vinho elegante onde o tripé está perfeito, persistência longa e retrogosto frutado e macio. Uma almofada deveria acompanhar as garrafas para tomarmos o vinho de joelhos. Dei a ele 96 pontos
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