MATÉRIAS - Champagne...(non solo) per brindare un amore!
Bons Vinhos

MATÉRIAS - Champagne...(non solo) per brindare un amore!


Por: Odila Moraes

Instituído universalmente como o brinde oficial para todas as celebrações, o Champagne é uma festa dos sentidos. Versátil, inebriante, sedutor, é adequado para todas as ocasiões. Há vestígios que a viticultura na região de Champagne provenha desde a época romana. O monge Dom Pérignon, da Abadia de Hautvillers, tornou-se célebre por desenvolver técnicas essenciais para a elaboração do Champagne. Dom Pérignon percebeu a importância do “terroir”, que especificamente no caso da Champagne, é denominado “cru”. Demonstrou a importância da assemblagem de diferentes parcelas e vinhos, inclusive entre tintos, para conseguir o melhor sabor e aromas; introduziu garrafas mais robustas para agüentar a pressão; substituiu os tampões de pano por rolhas amarradas a um arame e conseguiu com certo êxito controlar a fermentação por açúcar e fermentos. Don Pérignon é o pai do Champagne.
A região de Champagne, localizada no noroeste da França, é uma denominação de origem controlada. Só pode ser chamado de Champagne o espumante produzido exclusivamente nesta região delimitada. Este “terroir é caracterizado pelo clima úmido e frio, o solo calcário encoraja as videiras a produzirem uvas com alta acidez, qualidade indispensável para o vinho de base. A colheita é sempre manual e a segunda fermentação, que lhe dá a efervescência, é sempre feita na garrafa. São estas borbulhas, ou perlagem, produzidas através da segunda fermentação, a particularidade essencial do Champagne. São três as cepas utilizadas para a “assemblage”, Chardonnay, (fineza e notas florais e minerais), Pinot Noir (potência e corpo)e Pinot Meunier (suavidade, e riqueza de buquê). Cada uma delas é vinificada separadamente,e posteriormente mesclado de acordo com a característica de cada Maison.
A vinificação destas três cepas pode ser elaborada para se produzir vinhos brancos ou tintos; daí provém asnomenclaturas Blanc de Blancs (exclusivamente com uvas Chardonnay) e Blanc de Noirs (elaborado com as uvas tintas Pinot).
O Champagne Rosé é o único vinho europeu que pode ser elaborado através da assemblagem de vinhos brancos e tintos; todos os demais são feitos da maceração do mosto com as cascas. O Champagne Rosé possui altíssima categoria e preço elevado.O primeiro exemplar foi produzido pela Veuve Clicquot em 1777.
Os Champagnes são classificados de acordo com a dosagem de açúcar residual, que é medida por litro. O Brut Extra, ou Brut Nature, tem de 0 a 3 gramas de açúcar por litro. O Extra Brut tem até 6 gramas; o Brut tem até 15; o Extra Sec varia de 12 a 20 gramas; o Sec de 17 a 35; e o Demi-Sec de 35 a 50 gramas. São denominados Millésimés ou safrados, os vinhos de uma mesma safra e que mostram qualidade superior.
Quanto ao estilo, o “Cuvée de Prestige”, também denominado “Deluxe Cuvée” é certamente o melhor Champagne elaborado pelas Maisons. Já envelhecidos alguns anos nas caves antes serem lançados no mercado, ainda evoluem na garrafa com o passar dos anos. Como curiosidade o Champagne Cristal, da Roederer, é produzido desde 1876, mas inicialmente, com exclusividade para o Tsar Alexandre II. A Möet & Chandon, lançou o primeiro “Cuvée de Prestige” comercial em 1936, o “Dom Pérignon”.
Os diferentes estilos e as distintas variedades possibilitam a sua harmonização com uma infinidade de pratos. Os Brut e Blanc des Blancs combinam com ostras, caviar, salmão, sushi, sashimi. O Millésimé com pratos delicados à base de frutos do mar, de especiarias, peixes. O Blanc des Noirs favorece aves de caça, foie gras, pratos à base de champignon. O Brut Rosé com carnes rosadas, trufas, queijos leves, comida asiática. Finalmente o Demi-sec, para sobremesas amanteigadas, massas folheadas, cremes, frutas secas e foie gras.
Devido a sua sensualidade, aos aromas, à delicadeza e à fineza de paladar, o Champagne é sempre associado ao público feminino. Na verdade, é uma bebida que se tornou célebre devido à força das mulheres, muitas conhecidas como as viúvas do Champagne. Dois bons exemplos são: Madame Clicquot, que assumiu a Maison aos 29 anos, e inventou o processo da “remuage” (a rotação das garrafas para que as borras se depositem no gargalo). O “Cuvée de Prestige” La Grande Dame é elaborado em sua homenagem. Outra foi a Marquesa de Pompadour, a mais famosa cortesã do Rei Luís XV, uma grande divulgadora do Champagne na Corte. Enquanto escrevo este texto, momentos memoráveis ligados ao Champagne interrompem meu pensamento. Se o Saul confessa o que bebeu, porque não registrá-los também? Lembro-me da primeira vez que sabrei na Sbav; do convite para participar da Confraria Madame Pompadour (a primeira confraria feminina do Brasil); da estréia como degustadora da Vinho Magazine, em prova de dezessete Champagnes rosés; do convite de Remi Krug para o lançamento de seu Vintage 1988, do Probatio Maximus da Sbav, onde degustamos os Cuveés Prestiges como: La Grande Dame, Dom Pérignon, Cristal, Celebris, Sir Winston Churchill, Nicolas Billecart e Grand Cuvée Krug; dos Promenades da Moët & Chandon; dos jantares em casa de Helgemarie e Albin, em Heidelberg, para provarmos o “porquinho celestial”; da próxima viagem à região de Champagne no ano que vem; da alegria antecipada de abrir um Dom Pérignon, logo, logo, para comemorar o aniversário do maridão. Saúde, caros leitores!
Tim-Tim!!!



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