Bons Vinhos
Sabe quanto vale uma rolha de cortiça?
 
 
São os estudos de mercado que dizem: o consumidor americano  está disposto a pagar mais um euro por uma garrafa de vinho com rolha de  cortiça. E dizem, também, que a fidelidade do mercado norte-americano a este  produto tem impacto direto nas vendas do setor.
 
A procura das garrafas de vinho fechadas com as rolhas criadas  a partir da casca do sobreiro aumentaram 24%, enquanto o crescimento das vendas  dos vinhos engarrafados com vedantes como a rosca metálica ou o plástico  cresceram apenas 10%.
 
 
 
Mas há outros relatórios, como o trabalho da Tragon  Corporation, uma empresa especializada na área vinícola, sobre a preferência do  consumidor americano pelos diferentes tipos de vedantes. A cortiça é preferida  por 60% dos inquiridos, contra a quota de 3% dos vedantes das cápsulas de  alumínio e a indiferença dos restantes 36%.
 
Cortiça para oferecer, sempre
 
Já se estiver em causa a compra de uma garrafa para oferecer ou  para partilhar num jantar especial, a cotação da cortiça aproxima-se dos 100%  nos Estados Unidos, o maior mercado mundial de vinho e o segundo maior mercado  de exportação para a cortiça portuguesa.
 
Quando questionados sobre aquilo que um vedante pode aportar ao  vinho, 93% dos americanos referem que a cortiça "representa alta qualidade" e  50% dizem que as cápsulas de alumínio estão associadas a "vinho de baixa  qualidade".
 
No Velho Continente, a cortiça também é o vedante que melhor  combina com os melhores vinhos e a proteção ambiental. Um estudo da OpinionWay,  empresa francesa de sondagens e estudos de mercado, mostra que 88% dos  inquiridos estão convictos de que a cortiça é a melhor escolha para um "Grand  Cru" (denominação de origem controlada) e 73% sabem que esta é a melhor opção  ambiental.
 
No mesmo trabalho, 83% dos consumidores de vinho regulares  preferem a cortiça e a percentagem sobe dois pontos percentuais quando está em  causa a oferta de uma garrafa de vinho.
 
Na Itália, um trabalho da empresa de estudos de mercado Astra  Ricerche revela que 85% dos italianos apontam a cortiça como vedante de eleição  para assegurar a qualidade do vinho; e 88% acreditam que a sonoridade obtida no  momento da abertura da garrafa aumenta o prazer do consumo do vinho.
 
A meta dos mil milhões
 
Liderando um programa de promoção internacional da imagem da  cortiça que envolve, este ano, um investimento de 7,3 milhões de euros num  conjunto de nove mercados selecionados entre clientes fiéis, como a França, e  novos destinos, como a China, onde as vendas da fileira cresceram 55% em 4 anos,  a APCOR está atenta a estes números.
 
O sua  ambição é  continuar impulsionando as exportações do setor e  cumprir o objetivo de atingir os mil milhões de euros de vendas ao exterior em  2015.
 
Em 2013, depois de três exercícios crescendo ao ritmo de  7%/ano, as exportações caíram 1%. Seguiu-se mais uma quebra, de 1,15% no  primeiro trimestre deste ano.
 
Rolhas valem 68,3%
 
A meta fixada para 2015 parece, assim, difícil de atingir, mas  a fileira, que tem nas rolhas 70% das suas exportações, está confiante na  valorização do seu produto, no crescimento do mercado mundial e em  novas soluções.
 
É o caso da Helix, uma rolha inovadora de aglomerado de  cortiça, apresentada há um ano pela Corticeira Amorim, pronta a saltar do  gargalo da garrafa apenas pela pressão do polegar, sem perder a sonoridade  característica associada à abertura das garrafas de vinho, e reutilizável.
 
Com 637 empresas e 8.591 trabalhadores, Portugal exporta 95% da  sua produção de cortiça e o contributo das rolhas para o valor total exportado  ainda é de 68,3%, apesar do peso crescente de novos produtos destinados  a diferentes sectores, da construção aos transportes e moda.
 
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